Mastopexia
A Cirurgia de mastopexia ou Levantamento das mamas, busca corrigir uma mama que tem um volume normal, ou pelo menos que satisfaça a paciente, mas que no entanto encontra-se com uma queda acentuada, isto é, as mamas sobrepõem ao sulco mamário. Podem também estar associada alterações como aréola larga, mamilo grande e alteração no formato dos seios. Nesse procedimento não se tira tecido mamário. Faz-se uma montagem e se fixa a mama. Se houver assimetria, isso também é corrigido, retirando-se tecido mamário do seio maior.
- Nome técnico: Mastopexia
- Região do corpo: Seios
- Idade: Geralmente, a partir dos 35 anos
- Anestesia: Peridural ou geral
- Duração da cirurgia: de 3 horas
- Permanência na clínica: de 24 horas
- Cicatriz: em “T” invertido.
- Tempo de recuperação: 21 dias.
Esta cirurgia permite-nos colocar as cicatrizes bastante escondidas, o que é muito conveniente nos primeiros meses. As cicatrizes passarão por diversas fases até que se atinja a fase final de maturação. Assim é que temos:
a) PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresentam-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo
b) PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o segundo mês. Neste período haverá um espessamento natural da cicatriz, bem como uma mudança na tonalidade de sua cor, passando do vermelho para o marrom. Aos poucos a cicatriz vai clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural de cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais
c) PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das mamas deverá ser feita após este período.
Dependendo da técnica empregada, poderemos ter variações quanto às cicatrizes. Normalmente existem cicatrizes situadas em forma de “T” invertido, na parte inferior da mama. Aquela situada em torno da aréola fica bastante disfarçada pela própria condição de transição de cor entre a aréola e a pele normal.Outros tipos de cicatrizes, como em “I”, “L/ J” ou periareolares, são viáveis. Desde os primeiros dias de pós-operatório poderá ser usado um decote bastante generoso, pois as cicatrizes ficam escondidas. Com o decorrer do tempo as cicatrizes vão ficando disfarçadas.
Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao quelóide. Esta tendência deverá ser avaliada pelo seu médico, durante a consulta inicial, oportunidade em que lhe são feitas perguntas sobre sua vida clínica pregressa, bem como características familiares, que muito ajudam quanto ao prognóstico das cicatrizes. Pessoas de pele clara não tendem a sofrer esta complicação cicatricial hipertrófica. Cicatrizes de cirurgias anteriores ou mesmo acidentais, ajudam no prognóstico.
Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar a estética das cicatrizes, na época adequada. Não se deve confundir o “período mediato” da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução deverá ser esclarecida com seu médico.
As mamas podem ter seu volume reduzido através da cirurgia. Além disso, sua consistência e forma também são melhoradas com a cirurgia. Para os casos de redução de volume e levantamento de sua posição, podemos optar por vários volumes, dentro das possibilidades que a mama original nos permita planejar sem comprometê-la futuramente.Aqui, como no caso do aumento do volume, deverão ser equilibradas as proporções entre o volume da nova mama e o tamanho do tórax da paciente. Assim é obtida maior harmonia estética. Nessa ocasião procura-se melhorar o aspecto quanto à flacidez e a forma da mama original. As novas mamas passam por vários períodos evolutivos, em relação à sua forma:
a) PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia. Neste período, apesar das mamas apresentarem-se com seu aspecto bem melhorado, sua forma ainda está aquém do resultado planejado, pois, para que se atinja a forma definitiva ainda existem pequenos defeitos aparentes iniciais (inevitáveis em todos os casos), que desaparecem com o decorrer do tempo. Lembre-se desta observação: seu resultado final somente ocorrerá após o período tardio
b) PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o 8º mês. Neste período, a mama começa a apresentar uma evolução que tende à forma definitiva o que ocorrerá após o 8º mês. Poderão ocorrer neste período um aumento ou diminuição da sensibilidade do mamilo, além de maior ou menor grau de inchaço das mamas. Além disso, sua forma está aquém da definitiva. Apesar da euforia da maioria das pacientes, já neste período costumamos dizer às mesmas que seu resultado ficará melhor ainda, pois isto será a característica do período tardio.
c) PERÍODO TARDIO: Vai do 8º ao 18º mês. É o período em que a mama atinge seu aspecto definitivo (cicatriz, forma, consistência, volume, sensibilidade). É neste período que costumamos comparar fotograficamente os casos operados com o aspecto pré-operatório de cada paciente. Tem grande importância, no prognóstico do resultado final, o grau de elasticidade da pele das mamas bem como o volume conseguido. O equilíbrio entre ambos varia de caso a caso.
Apesar do resultado imediato e mediato satisfazerem bastante às pacientes, somente entre o 8º e 18º mês é que as mamas atingirão sua forma definitiva.
No período mediato e tardio qualquer tipo de traje, de uma ou duas peças, desde que a peça superior não fique muito justa. Após o amadurecimento das cicatrizes os maiôs ficam a seu critério. Nas grandes reduções mamárias, entretanto, a cicatriz horizontal é um pouco mais extensa o que determinará a escolha do maiô que melhor disfarce sua presença.
O seu ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de uma nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que aquele especialista controle seu aumento de peso na nova gestação. Geralmente não há problema, em caso de gravidez. Quando se tratarem de mamas muito grandes, que foram reduzidas acentuadamente, a lactação poderá ficar prejudicada. Em casos de pequenas e médias reduções a lactação poderá ser preservada. Algumas pacientes poderão apresentar diminuição da sustentação da pele mamária.
Geralmente não, desde que você obedeça às instruções médicas, principalmente no que tange à movimentação dos braços nos primeiros dias.
Raramente a cirurgia plástica mamária sofre complicações sérias. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia, simultaneamente a outras.
Anestesia local, geral, peridural ou associada, a critério do cirurgião.
Dependendo de cada tipo de mama, de duas a quatro horas, podendo-se estender um pouco mais, em certos casos. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.
De meio período até um dia.
Sim. Curativos elásticos e modelantes, especialmente adaptados a cada tipo de mama. São trocados periodicamente.
São retirados em torno do 8º ao 12º dia, sem maiores incômodos.
Geralmente, após dois a três dias. Alguns casos poderão determinar cuidados sobre a área operada, sendo que se recomenda evitar o umedecimento sobre essa área por oito dias.
Você não deve esquecer que, até que se atinja o resultado almejado, as mamas passarão por diversas fases. É preciso paciência, pois seu organismo se encarregará espontaneamente de dissipar todos os transtornos imediatos. É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu cirurgião que lhe dará os esclarecimentos necessários para sua tranqüilidade.
Depende do tipo de exercícios. Aqueles relativos aos membros inferiores, poderão ser reiniciados entre 10 a 15 dias, evitando-se o alto impacto. Os exercícios que envolvam o tórax, geralmente devem aguardar além de 30 a 45 dias.
- Evite esforços nos oito primeiros dias;
- Não movimente os braços em excesso. Obedeça às instruções que lhe serão dadas por ocasião da alta hospitalar, relativas à movimentação dos membros superiores;
- Evite molhar o curativo, até que seja autorizada a fazê-lo;
- Não se exponha ao sol ou friagem, até segunda ordem;
- Siga rigorosamente as prescrições médicas;
- Alimentação normal (salvo casos específicos que receberão a devida orientação), a partir do segundo dia, principalmente à base de proteínas (carnes, leite, ovos) e vitaminas (frutas);
- Voltar ao consultório para curativos subseqüentes e controle pós-operatório nos dias e horários estipulados;
- Provavelmente você estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se que foi operada recentemente. Cuidado! Esta euforia pode levá-la a fazer esforços prematuros, o que determinará certos transtornos;
- Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire com seu cirurgião suas eventuais dúvidas.
- Comunicar-se com seu cirurgião até a véspera da operação, em caso de gripe, indisposição ou antecipação do período menstrual;
- Internar-se no hospital indicado, obedecendo ao horário previamente marcado;
- Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito lautas na véspera da cirurgia;
- Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer de que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de dez dias antes do ato cirúrgico. Isto inclui também certos diuréticos;
- Programe suas atividades sociais, domésticas ou escolares de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente três a cinco dias.