A ginecomastia ocorre pelo aumento das glândulas mamárias em meninos e homens. Geralmente acontece por causa de um desequilíbrio dos hormônios estrogênio e testosterona durante a puberdade ou no processo de envelhecimento (quando ocorre a queda da testosterona).
A ginecomastia pode afetar uma ou ambas as mamas, às vezes de forma desigual.
Essa condição pode desaparecer sozinha e apenas em casos graves medicamentos e cirurgias são necessários.
Quer saber mais? Então leia este artigo até o final.
Hoje vamos falar sobre:
- Ginecomastia: sintomas e causas
- Tratamentos
- Pós-operatório
- Conselhos para homens com ginecomastia
Ginecomastia: sintomas e causas
A ginecomastia não é um problema de saúde sério, porém dificulta o convívio social de alguns pacientes, que podem se sentir envergonhados em razão da aparência que o peitoral ganha.
Sinais e sintomas da condição podem incluir:
- Dor no peito, principalmente em adolescentes
- Sensibilidade do mamilo ao esfregar na roupa
- Inchaço na região
Para medir os níveis hormonais e confirmar o diagnóstico, exames de sangue podem ser solicitados pelo endocrinologista.
A maioria das pessoas pensa no estrogênio como um hormônio exclusivamente feminino, mas os homens também o produzem (em pequenas quantidades).
Níveis de estrogênio muito altos em homens ou desequilibrados com os níveis de testosterona podem causar ginecomastia.
Outros exames para confirmar o diagnóstico são:
- Mamografias
- Tomografia Computadorizada (TC)
- Ressonância Magnética (RM)
- Ecografias testiculares
- Biópsias de tecidos
Várias condições de saúde podem causar ginecomastia, afetando o equilíbrio dos hormônios, como, por exemplo:
- Hipogonadismo: Condições que diminuem a produção de testosterona, como síndrome de Klinefelter ou insuficiência pituitária, podem estar associadas à ginecomastia.
- Tumores: Alguns tumores, como os que envolvem os testículos, as glândulas suprarrenais e a glândula pituitária, podem alterar a produção dos hormônios que alteram o equilíbrio masculino-feminino.
- Insuficiência hepática e cirrose: Alterações nos níveis hormonais relacionadas a problemas hepáticos e medicamentos para cirrose estão associadas à ginecomastia.
- Desnutrição e fome: Quando o corpo é privado da nutrição adequada, os níveis de testosterona caem, enquanto os níveis de estrogênio permanecem os mesmos, causando um desequilíbrio hormonal. A ginecomastia também pode acontecer quando a nutrição normal é retomada.
A idade do paciente também pode ser um fator causador da ginecomastia. A ginecomastia pode ocorrer em 2 fases da vida:
- Ginecomastia durante a puberdade: A ginecomastia causada por alterações hormonais durante a puberdade é relativamente comum. Na maioria dos casos, o inchaço do tecido mamário desaparece sem tratamento dentro de seis meses a dois anos.
- Ginecomastia em adultos: Pesquisadores estimaram que a prevalência entre homens de 50 a 80 anos está entre 24% e 65%. No entanto, a maioria dos homens com a condição não apresenta sintomas de dor ou sensibilidade.
É importante lembrar que a obesidade também pode causar a ginecomastia. O excesso de peso pode aumentar os níveis de estrogênio, fazendo com que o tecido mamário cresça.
Tratamentos para a ginecomastia
A ginecomastia geralmente desaparece sozinha em um período de 6 meses a 2 anos. Se estiver sendo causada por medicamentos, interromper a ingestão da substância resolve a condição. Se for causada por uma condição de desequilíbrio hormonal, tratamentos com medicamentos podem ajudar.
Consulte o seu endocrinologista: este é o médico responsável por avaliar os níveis hormonais.
- Outra opção é a cirurgia de redução de mama que remove o tecido adiposo da ou da glândula mamária.
Você precisará pedir ao seu médico endocrinologista um encaminhamento para um cirurgião plástico, que avaliará a viabilidade da cirurgia.
- A cirurgia de ginecomastia pode não resolver a condição em pessoas com excesso de peso, pois o tecido adiposo pode voltar a se acumular na mama.
- No caso de ginecomastia desenvolvida na puberdade, é melhor esperar até que o adolescente se desenvolva por completo antes de considerar a cirurgia.
Em geral, os hormônios tendem a se regularizar após a adolescência.
Duas opções de cirurgia são:
- Lipoaspiração: remove a gordura da mama, mas não o tecido da glândula mamária em si.
- Mastectomia: remove as glândulas mamárias. A cirurgia geralmente é feita usando apenas pequenas incisões.
Pós-operatório da ginecomastia
Algumas recomendações gerais para um bom pós-operatório são:
- Use roupas de compressão por pelo menos quatro semanas após a cirurgia: Tecidos compressores ajudam sua pele e os tecidos internos a cicatrizarem mais rápido.
- Fique de repouso absoluto por pelo menos duas semanas: Não deve haver atividade extenuante (qualquer coisa que aumente sua pressão arterial) nas primeiras duas semanas.
Você pode começar a se exercitar após esse período, mas nada que envolva o peito por pelo menos quatro semanas.
A maior parte da cura ocorre nas primeiras cinco semanas após a cirurgia, então seja cauteloso.
Evite expor ao sol a área do peitoral: o calor e os raios solares podem prejudicar a sua cicatrização. Em caso de dor, desconforto e inchaço dos pontos, procure seu médico imediatamente.
Outros conselhos para homens com ginecomastia
Para os homens, seios aumentados podem causar estresse, vergonha, isolamento e ansiedade.
Sabemos que essa condição pode tornar traumáticas atividades como ir à praia, fazer aulas de natação e andar sem camisa.
Talvez você sinta que seu corpo o traiu – e esse é um sentimento normal. Porém lembre-se de que existem tratamentos disponíveis para você.
Além de tratamento médico, você pode:
- Fazer terapia: pode lhe ajudar a evitar a ansiedade e a depressão, causadas pela ginecomastia e a se comunicar com seus familiares, para que eles entendam o que você está passando.
- Conectar-se com outras pessoas que têm ginecomastia: Conversar com homens que tiveram uma experiência semelhante pode lhe ajudar a lidar com isso.
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Se precisar de um cirurgião para realizar a sua cirurgia para correção da ginecomastia, entre em contato com a Clínica do Dr. Daniel Rufatto.